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sábado, 23 de março de 2013

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domingo, 10 de março de 2013

" MELHOR" (OU TERCEIRA) IDADE! dE ONDE TIRARAM ISSO?



“MELHOR" (OU TERCEIRA) IDADE!
DE ONDE TIRARAM ISSO?

Hoje, dia 08 de Março, em que se comemora o DIA INTERNACIONAL DA MULHER - estreio nova idade. É uma bênção, pois verdade seja dita, jamais pensei chegar além dos quarenta anos, ou um pouco mais. Quando se é jovem a gente não tem muita noção (ou nada), da passagem dos anos. Vai se vivendo e pronto! O que é muito bom, não dá pra viver cada dia de sua vida, pensando na velhice. Deixe o sofrimento para quando isso for realidade. Quando nos atinge todos os "ites", as dores de coluna, a diabetes, colesterol alto, hipertensão e outros desajustes do relógio biológico cansado.

Esse negócio de “melhor idade” não pega coisa nenhuma. As pessoas são muito radicais quando se trata de pessoas mais velhas. Acima dos quarenta, já está passada. Aos cinqüenta e cinco (meu Deus!) são chamados de idosos. O apresentador de telejornal, referindo-se, outro dia, a um homem que foi assaltado ao sair do banco. A chamada “saidinha de banco”. - Outro termo chatinho que não diz coisa com coisa:

- ...” O idoso levou um tiro porque reagiu ao assalto. O idoso foi levado ao hospital em estado grave. O idoso isso e o idoso aquilo...” Idoso, qualifica alguém? Não seria mais correto e de fácil entendimento dizer: “o homem, a senhora, a mulher”?

Outro dia fui à farmácia (nem era p’ra comprar medicamentos para mim e sim para os filhinhos de minha vizinha que se encontrava no trabalho e pediu-me um favor). Estava lotada; gente de todas as idades. Retirei minha senha da maquininha de senhas. Nº 328. O painel indicava o último número chamado - 315. Foi só eu me sentar para uma mocinha, que estava em pé, na fila de espera, me chamar a atenção, a cada número que aparecia no luminoso:

- Senhora, não é o seu número? Senhora, qual é o seu número?

- Eu estou ligada não se preocupe, obrigada. Respondi-lhe. Utilizei-me do termo “ligada”, notadamente usado pelos jovens, para que ela se conscientizasse de que eu não era surda, nem mentecapta. Ops! Este é dos mais velhos... Alguns jovens pensam que, só porque você já passou da garantia, tem umas ruguinhas aqui ou ali, perceptíveis na face, ficou analfabeta, surda e cega. Haja paciência! Segurei a onda para não mandá-la pra puta que pariu, pela insistência em me alertar sobre o o número de minha senha! Não o fiz; fitei-a com cara de poucos amigos - nem sei se ela percebeu a minha indignação.

Os jovens, em sua maioria, além de colocar todas as pessoas acima dos quarenta na mesma categoria de velhos, são um tanto quanto tontos. Vivem em seu mundinho particular dos telefones celulares, da internet, dos SMS, das redes sociais e não tomam conhecimento do resto do mundo a sua volta. O que é uma pena, pois eu gosto e espero muito dessa juventude.

Dias atrás fui ao cinema, com uma amiga de longa data e sua filha e a insistência dela em tomar conta de mim era impressionante.. Antes, perguntou-me a idade, para ver se comprava meia entrada ou não.

- Pode comprar sim, já tenho idade para essa “vantagem.”

- Como assim, você já tem setenta anos? Sabe, não parece, a senhora é mais “conservada” do que a minha mãe, que tem sessenta e um! A mãe lançou-lhe um olhar de matar!

Eu queria enfiar a cabeça num buraco, com tanta ignorância... Jesus! Não... CONSERVADA é demais! Me senti uma azeitona ou pimenta malagueta conservada no vinagre e óleo de péssima qualidade.

- Querida, essas prioridades sociais aqui em São Paulo começam a valer a partir dos sessenta anos e não dos setenta, minha flor! É por isso que eu já me beneficio delas. P’ra setenta falta um cadinho, mas vai chegar logo, você mesma vai sentir isso na pele, porque o tempo voa!

- Sem graça, pediu-me desculpas.

- Não precisa se desculpar, minha querida. Todo mundo vai avançar na idade - isto, se não morrer jovem. Só temos essas duas opções na vida; e nenhuma delas é escolha nossa. Acontece, é só! Você não me deve desculpas pelos equívocos e nem eu, por entrar na casa dos sessenta anos.

Contudo, devo confessar que acontecem coisas muito engraçadas também! Outro dia, em um sábado de muito sol e calor quase insuportáveis, decidi passear um pouco, caminhar, respirar um ar mais saudável do que o que respiro normalmente, vivendo no centro da cidade. Estava de bermuda, camiseta, tênis, rabo de cavalo e ouvindo boa música em meu IPod. Tomei um ônibus que me levava até o Parque do Ibirapuera e, ao passar meu Bilhete Único (Especial) na máquina, o cobrador me questionou se eu não estava usando o bilhete de outra pessoa. Pediu-me que lhe mostrasse a Carteira de Identidade e assim o fiz; nem me irritei, estava achando graça. Ele olhou demoradamente minha foto no RG e...

- Nossa, dona, minha mãe tem a idade da senhora e está toda estragada! A senhora tá uma gata, ainda, muito bela! Me dá a receita pra eu passar pra minha mãe...

Ora, faça-me o favor! Quando não sou ofendida, tratada como débil mental, levo cantada de cobrador de ônibus... É um mundo controverso este! Ou são as pessoas?
E os programas sociais que os governos criam, para desencargo de consciência (ou com fins eleitoreiros) com o intuito de “dar uma ocupação” aos mais velhos? Uma babaquice só... É baile da melhor idade, hidroginástica para a terceira idade, a mais bela vovó, a tia mais gostosa, etc, etc, e etc... Eu quero mais é que se danem todos. Tenho mais o que fazer do que ficar freqüentando bailinhos à tarde em centros sociais que, de dança mesmo não têm nada. Ficam balançando de um lado para o outro e depois, param na primeira pizzaria, enchem a cara de comida e cerveja. Eu não danço assim e nem bebo nada! Prefiro botar a massa encefálica para funcionar e escrever minhas sandices, pensadas (ou não)por aí. Quem sabe, um dia, não serão úteis para quem concorda comigo que “melhor idade” são todos os momentos em que se vive com sabedoria e plenitude? E que se fodam os neologismos despóticos e sem nexo.

Estou na "flor" da idade e adoro isso! Curto cada fase de minha vida, brindo a cada idade que experimento, com a mesma emoção. Se não posso mais fazer muito do que fazia aos vinte, invento outras coisas, reinvento-me, crio e recrio. Isso é o que realmente vale a pena!


(Milla Pereira)

sábado, 27 de outubro de 2012

EU PRECISO!


 



 

Preciso sair dessa masmorra, quebrar as correntes do desânimo e debelar o ócio. Preciso dar um soco na pre-guiça, um chute no gol da intolerância, um grito de liber-dade! Preciso sair mais, me divertir mais, compartilhar mais e me amar muito mais! O amor é meu e eu tenho que cuidar para que não se extinga de mim mesma.

Preciso cuidar de mim, do meu corpo, da mente e do es-pírito. Preciso enxergar a vida com os olhos de uma me-nina, acalentar meus sonhos de adolescente e me posi-cionar diante das adversidades, como a mulher forte que sou! Abaixo a fragilidade e a mes-mice dos conflitos internos.

Preciso me livrar dessa paranóia de pensar demais, de ponderar demais de me cobrar com severidade. Preciso levitar... Voar como uma ave poderosa, dominar o infinito
e poder descansar no horizonte imperturbável, incom-
parável, absoluto de minha fortaleza!

Ai! Eu preciso me encontrar no mundo!

E, principalmente, encontrar-me em mim mesma.
 
 
(Maria Emilia Pereira)

sábado, 20 de outubro de 2012


 

 

A ti tanto eu me dei
Que já me perdi – não sei
Quando vou me libertar
 
 
Desse desejo profundo
Que me atira ao mundo
Como uma pedra no mar...
 

Tu segues o teu caminho
De rosas e não espinhos
Como eu andei a pisar.
 

Hoje é assim que nos vemos...
De repente nos perdemos
P’ra minha sorte  (ou azar).
 

Vai – não olhes para trás
Já não sei o que dói mais
Se teu desprezo ou rancor.
 

Eu ficarei em meu canto
Buscando um acalanto
Na forma de minha dor!

 

(Milla Pereira)